domingo, 28 de março de 2010

Como posso evoluir?




Evoluir numa espiral
Numa crescente
Expandir
Retrair
Dissipar

Curtir a ascensão
e se deleitar na queda
Mergulhar num poço de dejetos
encontrar o portal de outra dimensão
a cloaca do mundo
o paraíso, quem sabe
o avesso
frio no verão e calor no inverno
um drink no inferno
um safári no purgatório
dançar uma gafieira com deus e um tango com o diabo

Retornar à terra firme
Sapatear em terremoto
Estapear reis
Demolir castelos
Erguer sonhos que desabarão na tempestade do real
Renascer das cinzas e dos escombros
Juntar os cacos de si
Suspirar ao soar os sinos e as trombetas

Recomeçar de novo...

Gabriel Rocha

COMO TRANSFORMAR A SOCIEDADE E ACABAR COM AS DESIGUALDADES ? CULTURA ?



Brasil: País culturalmente rico devido a uma colonização feita por vários povos que aqui aportaram trazendo em sua bagagem seu patrimônio cultural. Trouxemos de herança várias tradições culturais que determinaram as características de nosso povo. Diante disso, percebemos que mesmo com toda essa riqueza entranhada na nossa estória, ainda assim não tivemos um passado glorioso, nosso presente está longe de o ser e no andar da carroagem o futuro será calamitoso, isso porque não trouxemos só a cultura que enobrece, trouxemos uma mala cheia de perverções que rondam nossa sociedade até hoje. Percebemos que toda uma cultura degradante vem nos acompanhando desde os tempos da colonização e tem se feito forte. Pelo o que parece os laços culturais que deveriam engrandecer nossa nação só servem para dissipá-la. Algo que deveria ser fator determinante para um avanço, no entanto serve somente para reforçar que aquele que é culturalmente diferente do outro deve permanecer assim, pois ambos não compartilham do mesmo universo. As desigualdades se pautam nas diferenças culturais! Isso em linhas gerais, obviamente, pois existem aqueles que acreditam na riqueza das diferenças, mas, diante da nossa história, será que as pessoas que valorizam a cultura e são crentes na questão da mudança por meio da difusão cultural dão conta de transformar a sociedade e acabar com as desigualdes? A pergunta permanece...

Rosangela

sábado, 27 de março de 2010

Por que o céu é azul e as folhas das árvores são verdes?


Por que o céu é azul e as folhas das árvores são verdes?

Do concreto armado muitos se esquecem do verde, azul,vermelho, laranja,do cheiro da terra molhada do que é o voo de varias borboletas,o concreto que atropela a sensibilidade e constrói sensações de mentiras, das plantas de plástico aos sons de cachoeiras repetidos no computador.

Parando para pensar em cada forma que a cor tem me pego a pensar no gosto que cada uma pode trazer.


Juliana Gleice Rodrigues.
26/03/10 ( 22:40)

Por que não?


Por que não?

Aproximo meus olhos o mais perto do que posso tocar, minhas mãos tremem  na tentativa de controlar vontades reprimidas,escuto falas que me pedem e me tiram,na tentativa de conhecer o que eu não me lembro me peguei a pensar no desconhecido a medida que reconheci o que não me lembrava me perguntei os por ques.
 
São eles: por que,porque,por quê....

É muito mais fácil dizer um não do que um sim,é muito mais fácil ver televisão do que ler é muito mais fácil olhar do que perceber é muito mais fácil correr fugindo do que andar pensando,nos pegamos em intermináveis vontades de tentar fazer o que muitas vezes não existe em nós mas sim nos outros que papel mais resplandecente esse...
Pena poucos afagarem tal resplandecencia de forma amável.

Pense no por que e pense no não,pense na pergunta que se faz na primeira premissa e na intensidade ao contrario(ou não) do próprio não,como ter a certeza que podemos tomar as decisões certas e esse tal certo vem a partir do que? Pense que a vida essa grande brincadeira a trabalho merece ser olhada com ares de criança,pense no poder do não e use o não para pensar nas possibilidades que ele traz.

Aproximo meus olhos de minhas mãos que escrevem reverberações de vontades explanadas pelo não,aproximo meu pensamento no por que, e me pego a tentar todas as possibilidades que o acaso me traz,penso nos olhos dela e acredito que vale a pena ter paciência,me devoto incansavelmente em acreditar.

Transito por entre mundos que dizem não serem comuns participo de formações extremamente penssaveis de forma impenssavel na forma plena,me apaixono todos os dias.
Grito quando quero,peço desculpa quando devo,não me apego a acreditar que na vida só exista um significado para todas as palavras.

Juliana Gleice Rodrigues.
26/03/10 (22:30)

sexta-feira, 26 de março de 2010

Para onde Vamos?





Para onde?
Vem de cá, de lá
Pra chegar...

Aqui estou
Não sei se vou
O futuro aguarda

E o presente acaba.

O dia anda
E a esperança canta
Em seu ouvido

Espere
A dança.

Por onde começar?


A gente é feito de carne, ossos e sonhos.
Os desejos são humanos, e são eles, os desejos que nos movem, que nos dão sentido. E como consequência desse movimento quase sempre efêmero que é desejar, surge a necessidade de nos renovarmos continuamente. A reconstrução, o recomeço, o passo para trás.
Os dias nublados estão para o cachecol como a insatisfação está para a mudança.
Por onde começar na vida? Mas a vida não começa quando somos gerados nos úteros de nossas mães? Talvez sim. Talvez o começo é nascer. Talvez depois de nascermos tudo que nos tornamos, nos contruímos seja uma reconstrução, desejos nossos. Até porque nossos pais quase que invariavelmente fazem planos por nós, mas também quase que invariavelmente guinamos por outros caminhos, por causa dessa necessidade humana de satisfazer nossos próprios desejos.
As coisas já estão no mundo, só temos que significá-las, ou resignificá-las, segundo os nossos desejos. E como a dúvida também move o homem, nem sempre sabemos por onde começar, por que começar e até mesmo pra que começar, temos o desejo ali incrustado em nós, mas pra onde direcionamos ele? O risco que se corre, a vida que vai passando, o tempo. Começar é perder e ganhar como quase tudo na vida. Por onde recomeçar?

Tentar o novo, de novo.

Barbara Pina

quinta-feira, 25 de março de 2010


Minhas perguntas também podem ser as suas. Nossas perguntas podem ser a de todos. Minha resposta pode não ser a sua, porque minha verdade pode ser sua mentira.


Quem sou eu, e como esse eu vai se portar no futuro?


Uma pergunta que alguns não conseguem responder, por não saber ainda quem é, e o que quer.

Sei quem sou. Sei dos meus limites, do que gosto e não gosto, como me comporto, o porque me comporto, das minhas ideias. Tenho meus métodos, minha filosofias, amores, ódios. Mas esse eu talvez não seja o mesmo no futuro, e não se comporte da mesma maneira. Porque o local onde eu vivo, as pessoas, o costume, as ideias, tudo muda. Tudo pode mudar à qualquer momento, e como já disse: Somos uma continuidade de coisas absorvidas. Ideias, expressões, gestos. Creio que nós estamos sempre subtraindo e adicionando coisas a nós. Tanto intelectualmente como até fisicamente. Mas ainda posso continuar a seguir pelo resto da vida com alguns mesmos objetivos. E talvez esses, de que não quero subtrair, dêem uma idéia de como portarei no futuro. Mas somente um rascunho do que aquilo que pretendo ser, porque sinceramente, acho impossível de saber 100%. Os caminhos mudam, as expectativas e objetivos também. Algumas pessoas, quando jovens não pensam em ser nada, não tem perspectiva, moral, metas, sonhos. Mas vem a vida e as mudam de caminho, tornando até pessoas importantes. Como saber, afinal?

Sei, quanto a mim, que pretendo me colocar no futuro, com tudo de bom que aprendi. Se tiver filhos, dar carinho e educação. Se for possível, ajudar os outros de alguma forma. E assim poder fazer não só minha vida, meu caminho, e tudo aquilo que estiver ao meu redor o melhor. Aí é que entra a outra pergunta:


Como eu posso contribuir pra melhoria do lugar que vivemos?


Tem gente que não ta nem aí pra nada. Tem gente que só pensa em si mesmo, ou simplesmente não pensa. Tem gente que reclama, mas age como ignorante.

Vejo gente falando mal das enchentes. Ouço gente falando que outros países são mais bonitos e limpos. Mas vejo, dessa mesma gente, atos grotescos; como jogar papel no chão, mesmo estando ao lado de uma lata de lixo. Desse mesmo grupo de pessoas há aqueles que não tiveram uma educação e o costume de não jogar o papel no chão, na rua, poluindo a cidade. Mas há aqueles que mesmo com o esclarecimento, faz porque o gari vai limpar. Faz porque “o outro também faz, por que tem que ser eu?”.

Porque vivemos numa sociedade carente de educação e de esclarecimentos. De gente que estão acostumadas a tudo aquilo que vemos, ouvimos. Acostumados ao lixo, a pobreza, aos golpes políticos. E que não tentam mudar, pra quê?

Mas começo por mim mesmo, sem ter o pensando de “todo mundo faz, por que eu tenho que fazer diferente?”. Tento mais educação, sendo mais paciente – vejo todos os dias alguma briga no ônibus por coisas pequenas demais para serem discutidas a ponto de ofensas- e não fazendo nada do que eu não gostaria que fizessem comigo.

Um dia envelheço, e repasso para meus filhos, netos, ou qualquer outra geração que eu tenha contato. E espero que eles façam o mesmo, quando envelhecerem.

Deixo, pra finalizar, um texto escrito por Elisa Lucinda, recitada pela Cantora Ana Carolina, e por mim também certa vez numa apresentação na escola:


Meu coração está aos pulos!
Quantas vezes minha esperança será posta à prova?
Por quantas provas terá ela que passar?
Tudo isso que está aí no ar: malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu dinheiro, do nosso dinheiro, que reservamos duramente pra educar os meninos mais pobres que nós, pra cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais. Esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.
Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?
Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?
É certo que tempos difíceis existem pra aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
Meu coração tá no escuro.
A luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam:
" - Não roubarás!"
" - Devolva o lápis do coleguinha!"
" - Esse apontador não é seu, minha filha!"
Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar. Até habeas-corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar, e sobre o qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará.
Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda eu vou ficar. Só de sacanagem!
Dirão:
“ - Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo o mundo rouba.”
E eu vou dizer:
”- Não importa! Será esse o meu carnaval. Vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos. Vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau.”
Dirão:
" - É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal”.
E eu direi:
” - Não admito! Minha esperança é imortal!”
E eu repito, ouviram?
IMORTAL!!!
Sei que não dá pra mudar o começo, mas, se a gente quiser, vai dar pra mudar o final.


- Carol-ol-ol

Eu vou realizar tudo o que quero?






Não sei, mais posso tentar.
Joguei algumas coisas que eu gostaria de fazer no lixo, mas consegui realizar outras coisas importantes que muitas pessoas gostariam.
Uma delas foi ser mãe, por duas vezes, construir um lar e uma familia.
Quero realizar muitas coisas ainda, mais com certeza, terei que jogar fora algumas delas, mais sei que vou ser feliz de qualquer maneira.
Uma vez eu disse que eu me arrependeria de algumas coisas que deixei para traz, que joguei no lixo, mais veio uma amiga e me disse: "Que não é tarde de mais, que eu posso realizar tudo ainda." Não morri. Deixo essas pequenas palavras, não sei se vou realizar tudo que quero, mais TENTAREI!!!

VMS.

terça-feira, 23 de março de 2010

COMO MELHORAR A EDUCAÇÃO?

A palavra educação segundo alguns dicionários de língua portuguesa trazem significados, como: “processo para o desenvolvimento físico, intelectual e moral de um ser humano”, “desenvolvimento metódico”,” civilidade”, “polidez” entre outros, porém sabemos que as poucas linhas destinadas à palavra educação dispostas no dicionário não são suficientes nem para expressar o básico quando se trata de algo primordial para a sociedade como é a educação. Isso fica mais evidente ainda quando paramos para pensar que algumas pessoas só recorrem ao dicionário, descobrem alguns significados e já se julgam educados supondo que outras pessoas não tenham tanta educação quanto elas.

Vivemos num país em que é bonito e até certo ponto charmoso se falar em educação, observemos algumas propostas eleitorais, por exemplo, que dizem ser totalmente voltadas para a educação, nos bombardeiam com discursos prolixos em que querem que acreditemos que são claras as transformações educacionais no Brasil, transformações estas que são baseadas em números, ou seja, quantitativamente, e qualitativamente baseiam-se em estruturas físicas, esquecendo-se de que a educação não é algo estático, que a educação não é mercadoria, que não é uma rédea de cavalo que você a guia para onde quiser e na hora que quiser, precisa-se de gente para ensinar gente, e gente passa por problemas seja este, educador ou educando.

Temos a educação observada de maneira metódica, como a que vemos no ensino fundamental, médio e superior, temos também a educação dos bons modos, aquela que geralmente, mas não necessariamente aprendemos em casa, o “bom dia”, “boa tarde”, “com licença”, “por favor”, mas infelizmente temos a falta de educação escancarada de ambos os aspectos, pessoas com nenhum suporte para usufruir de um sistema educacional digno que respeite o cidadão como uma pessoa que teoricamente tem seus direitos, e não como meras estatísticas, já referentes aos bons modos prestem atenção que tremendo paradoxo, as pessoas que menos são instruídas, que muitas vezes são humilhadas por não terem certos conhecimentos que uma parcela da sociedade dita intelectualizada julga importante são as que mais têm afeto pelo próximo, demonstrando que para tratar o ser humano como gente que tem sentimentos não é necessário possuir apenas conhecimento cientifico e ter um emprego estável e sim respeito por todos, independentemente se for “Senhor Fulano ou Senhor Beltrano” a hierarquia não é essencial quando tratamos de qualquer vereda da educação.

Seja em São Paulo capital, interior paraense, na região Sul no seu ponto mais austral, no Nordeste banhado pela sua imensa área litorânea, no Acre onde quer que seja se não houver respeito entre as pessoas não haverá educação, não haverá evolução, continuará a existir uma educação maquiada, uma melhoria populacional camuflada, escondida, que cada vez mais está vindo à tona, e quando os ditos malucos que estão criando formas alternativas de conscientizar a população destas falhas conseguirem atingir mais e mais pessoas, talvez o Brasil deixe de ser um país extremamente demagogo e talvez se torne um país mais pedagogo.

Não é necessário que a educação seja vista metaforicamente como um automóvel, que tenha um volante, com uma buzina bacana, sim, uma buzina bacana! Isso, a buzina é mais importante para alguns do que um ser vivo, seja de qual espécie for este ser. Seria mais importante ver esta mesma mão que exposta ao sol, que de certa forma iluminada, apanhar outras mãos e se unir aos já citados malucos para que não se sinta simplesmente mais um em busca de melhorias e sim ser um a mais em uma soma que poderá ser infinita sem que ninguém reclame do quórum conquistado, posteriormente, assim todos poderão pisar juntos no mesmo acelerador e correr juntos do lado da educação, pois quem corre atrás fica sempre para trás, por isso devemos correr lado a lado com nossos sonhos para que possamos alcançá-los e também para que tenhamos sensibilidade de modificá-los.


CHELLMÍ * 22.03.2010



Ação - Colocar no mundo as perguntas que nos movem...



Ação - Colocar no mundo as perguntas que nos movem...


Ação - Colocar no mundo as perguntas que nos movem...


Ação - Colocar no mundo as perguntas que nos movem...

segunda-feira, 15 de março de 2010

Estourando bexigas...



"A perda do senso de identidade tem suas raízes na situação familiar. Sendo educado conforme as imagens do sucesso, popularidade, encanto sexual, sofisticação intelectual e cultural, status, auto-sacrifício, e assim por diante, o indivíduo enxerga os outros como imagens, em vez de encará-los como pessoas. Cercado de imagens, ele se sente isolado. Se reage às imagens, sente-se frustado e roubado de suas satisfações emocionais. A imagem é uma concepção mental que, superposta ao ser físico, reduz a existência corporal a um papel secundário. O corpo se transforma num instrumento da vontade a serviço da imagem. O indivíduo fica então alienado da realidade de seu corpo. E indivíduos alienados produzem uma sociedade alienada."

(...)


"Ao enfatizar demasiadamente o papel da imagem, ficamos cegos à realidade da vida do corpo e dos seus sentimentos. É o corpo que se funde em amor, que se arrepia de medo, que treme de raiv, que procura calor contato. À parte do corpo, estas palavras não passam de imagens poéticas. Experienciadas no corpo, elas ganham a realidade que dá sentido à existência. Baseada na realidade do sentimento corporal, a identidade possui substância e estrutura. Abstraída dessa realidade, a identidade torna-se somente um artefato social, um esqueleto sem carne."

Lowen Alexander, O corpo Traído - capítulo " O problema da identidade", pág. 18/19

Obrigado galera por topar a brincadeira, espero que aconteçam outros encontros desses...
Se sentirem a vontade deixem um comentário falando o que acharam..

sexta-feira, 12 de março de 2010

Gesso (Manuel Bandeira)



Esta minha estatuazinha de gesso, quando nova
– O gesso muito branco, as linhas muito puras –
Mal sugeria imagem de vida
(Embora a figura chorasse).

Há muitos anos tenho-a comigo.
O tempo envelheceu-a, carcomeu-a, manchou-a de pátina
amarelo-suja.

Os meus olhos de tanto a olharem,
Impregnaram-na da minha humanidade irônica de tísico.

Um dia mão estúpida
Inadvertidamente a derrubou e partiu.
Então ajoelhei com raiva, recolhi aqueles tristes fragmentos,
Recompus a figurinha que chorava.
E o tempo sobre as feridas escureceu ainda mais o sujo
mordente de pátina...

Hoje esse gessozinho comercial
É tocante e vive, e me fez agora refletir
Que só é verdadeiramente vivo o que já sofreu.


***

Dedico este poema à nós que superamos nossas estórias de dificuldades. Elas ainda ecoam na minha cabeça e me dão a certeza de estar, de fato, "viva". Reconheço nossas estórias nesse poema talvez pelo fato dele ser justamente uma fábula sobre a superação do autor, que teve uma vida de perdas e construções tão avassaladoras quanto as nossas.
Bom guerreiros...felicidades à todos!!!


Rosangela

terça-feira, 9 de março de 2010

Quem eu sou...

Fiquei pensando depois de todos esses encontros onde a questão era "quem sou eu?" no Tomie, e acabei chegando a umas ideias que até fizeram que eu colocasse no quem sou eu do Orkut rs. Parece que essa pergunta é complexa e filosófica, mas acho que ela é bem simples. Resolvi compartilhar com todos meu pensamento.
Minha indentidade, o que me faz ser eu, é simplesmente uma mistura de tudo aquilo que vivo, vivi e que convivo. Sou, primeiramente, grande parte da minha mãe, do meu pai e do meu irmão (afinal, são com eles que convivo a maior parte do tempo). Absorvi ao longo da vida, ideias, comportamento, teorias e práticas dos meus pais. Absorvi aquelas que me cabiam ser úteis. Sou, sem dúvidas, um pouco de gosto musical do meu irmão. Sou um pouco mais de outros gostos musicais de amigos. E sou piadas de outros, intelectualidade de alguns professores. Sou um pedaço de cada pessoa que convivo e convivi. Podem perceber, que a gente acaba sempre pegando o jeito de uma pessoa que a gente faz amizade. Por exemplo, se temos um amigo que costuma fala muito a expressão "Ai caramba!", eu passo também a falar "Ai, caramba!". Aí vem um primo, por exemplo, que fala sempre "Ixi...", e vc acaba sugando isso. "Ixi, caramba!", e assim vc acaba formando a sua própria expressao. Leio alguns livros, adoto algumas ideias de algumas músicas, descarto outras. Concordo com um professor em partes, pego o um gesto que o namorado costuma a fazer, e vou me compondo. Depois, tenho minhas próprias ideias e formação. Claro que com o tempo, é possivel que elas mudem ou sejam acrescentadas. Mas creio que sou um pouco de todo mundo que convivo. Não significando que sou influenciável, obvio. Só acho que todo ser humano absorve as coisas de outros seres humanos. Vou dar um exemplo bobo, mas se uma criança nasce numa casa onde a mãe não costuma fazer verduras e legumes, ela provavelmente não irá comer. E quando ela crescer e se depara com as verduras e legumes, vai dizer "Não gosto."
Sendo assim, com tantas absorvições, viro eu. Viro a Carol, com minhas ideias e meus projetos. Que podem até ser parecido com outros, mas que ainda sim tem minha individualidade, é pessoal. Sou ideias, e o meu corpo às transmitem. Ou não, porque posso também ocultar com meu corpo o que eu querer. Aí entra aquela filosofia do corpo e tals. Que posso ser várias coisas. Posso ser mais quieta em um ambiente ou mais estravagante em outro. Mas não acho que faz disso vários corpos, e sim, apenas variadas expressões e jeitos que um único corpo, conduzido pela mente faz.
Bom, acho que é isso!

- Carol-ol-ol

segunda-feira, 8 de março de 2010

Seja bem vindo pequeno Sebastian




Jô essas são as boas vindas ao pequeno Sebastian...

Ficamos contentes com a notícia...
Nossas histórias e questões que ficam:

- fluxo crescente de migrações para a cidade de São Paulo nas últimas décadas, formação da cidade.

- sistema público escolar sucateado

- a rua e os amigos como um lugar de sociabilidade e de afeto

- a juventude e suas válvulas de escape

- novas configurações da família, novos modelos que não o tradicional pai, mãe, filhos e avós.

- como casar teoria e prática na vida?

- quais os caminhos para se conhecer algo? Quais as ferramentas que precisamos para conhecer algo?

- atuações comunitárias nas últimas décadas





Pergunta: O que nós herdamos e concordamos e o que nós não concordamos? O que eu vou assumir como herança?

quarta-feira, 3 de março de 2010

História / Imagem/ Identidade



Identidade


Vem de dentro vem de fora

Passa reto, vai embora?

Segue regra ou caminho

Esta na imagem ou no ninho?

Cada dia o mundo muda

Cada segundo o transforma

O de dentro e o de fora

o que fazer pra ser o mesmo?

o que fazer para ser eu mesmo?

O que conto

Transformou...

O que vivo...

Sou o que sou.



____________________________________________

Palavras inspiradas nas histórias contadas

Nas vidas vividas

nos tempos que foram...

que estão

que virão.




Letícia

terça-feira, 2 de março de 2010

Era uma praça muito engraçada, não tinha nome, não tinha nada...




...Ninguém podia achar ela não, por que a praça não tinha chão???

Chão tem, mas quase ninguém sabe. Quero te convidar a conhecer (e a fazer conhecida)
a única praça Zumbi dos Palmares da cidade de São Paulo.

Traga sua idéia e sua vontade para ocupar a praça no dia 21 de março,
3° domingo, a partir das 10 da manhã.

Toda atividade é bem vinda, pense em qualquer coisa possível de se realizar numa praça...
Cerimônia não oficial de emplacamento da praça, graffiti tático, exibição de vídeos (traga o seu em dvd), fotografia endoscópica , música territorial, poesia expontânea, realização de curta-metragem, performances, pique-nique, brincadeiras, oficinas, roda de poesia..fica a vontade para trazer suas tintas, seus pinceis, seus tambores...e tudo mais o que você possa imaginar e trazer para somar! Convide os amigos.Te espero lá!


Tragam também uma camiseta, ou qualquer objeto para ser estampado(grátis) com o nome da Praça Zumbi dos Palmares!!!

Já está confirmada a presença do Quilombo Hi-Fi Sound System.

Como Chegar:
Vindo do centro sentido Terminal Cachoeirinha pedir para descer um ponto depois do hospital da Vila Nova Cachoeirinha. Saem ônibus do Largo do Paissandú, Terminal Barra Funda, metrô Santana, metrô Vila Madalena e Teodoro Sampaio.

CORPO, CORPO, CORPO...

O que é um corpo?

Pergunta feita no segundo encontro do Tomie Ohtake

O corpo pulsa, a mente é centro, ou a mão fala?

Quando podemos perceber o que é sentir e o que é tocar?

Limitações do corpo, nós nos limitamos ou o corpo nos limita?Nós não somos o corpo?
Corpo, mente, matéria, corpos, estrutura, órgãos, sangue, dedos, unhas olhamos nosso corpo como forma de condução de idéias ou as idéias conduzem o corpo? Perguntas feitas no Tomie,perguntas feitas agora quando escrevo, perguntas feitas quando meu corpo no ônibus lotado era tocado por outros corpos melados de suor,a temperatura do corpo a temperatura que o corpo toma quando a temperatura do ambiente está insuportável.

Bira definiu bem: só reconhecemos um corpo por que nós temos um corpo, mesmo que ele cause estranheza, mas vamos pensar no corpo aqui como na sua forma funcional ou na sua forma poética?Será que precisamos mesmo ter sempre de pensar tão restrito?Filosofar sobre o corpo acredito que foi isso que fizemos.

Minha consciência sobre corpo mudou um pouco na verdade mudou minha capacidade de verdadeiramente perceber eu uso muito essa palavra perceber, ela resume muita coisa, resume o que somos,podemos ser o que podemos nos tornar ou não, no caso do corpo pensar nele sem a famigerada banalização dos corpos da televisão,internet, revistas, pensar no que te sustenta e é uma das formas que temos para transformar algo,pensar no que parece sem sentido mas que no entanto só não foi devidamente explorado,aprender a falar sem aboca e usar o corpo.

É uma falha muito grande esquecer do corpo dos seus membros ali perfeitos não aflorar a utilização de outra parte do corpo,não por que não quer mas por que não precisa e nem pensa que é preciso pensar sobre isso,só nos damos conta quando participamos de algo que pede a não utilização do corpo(ou parte dele) ou o contrario que EXIGE SÓ O CORPO,quando criança nos comunicamos muito com o corpo mas com o tempo vamos perdendo um pouco a capacidade de utilizar o corpo só pra isso,e quando falo nesse sentido falo da da nossa percepção racional do corpo, as vezes esquecemos um pouco ele assim como sempre me esqueço que estou respirando,mas o corpo está lá falando e falando será que estamos ouvindo com os olhos
Acredito que depois da aula que tivemos é uma chance começamos a fazê-lo.

JULIANA...

Histórias de Vidas

"Mas a pergunta que me faço é se essa efervescência toda representaria alguma consistência da memória nos dias que correm. Poderia até ser mais específico: essa efervescência toda é capaz de produzir consciência histórica? Para mim, uma das funções desejáveis da memória seria essa, aumentar a capacidade de perceber as transformações da sociedade pela ação humana, permitindo que se tenha quase que afetivamente - e não apenas cognitivamente - a experiência da dinâmica social, da ação das forças que constroem a sociedade e que podem mudá-la a todo instante."

Os Paradoxos da memória - Ulpiano Bezerra de Meneses

Encontro entre os gestores e os novos monitores do CCJ