segunda-feira, 15 de março de 2010
Estourando bexigas...
"A perda do senso de identidade tem suas raízes na situação familiar. Sendo educado conforme as imagens do sucesso, popularidade, encanto sexual, sofisticação intelectual e cultural, status, auto-sacrifício, e assim por diante, o indivíduo enxerga os outros como imagens, em vez de encará-los como pessoas. Cercado de imagens, ele se sente isolado. Se reage às imagens, sente-se frustado e roubado de suas satisfações emocionais. A imagem é uma concepção mental que, superposta ao ser físico, reduz a existência corporal a um papel secundário. O corpo se transforma num instrumento da vontade a serviço da imagem. O indivíduo fica então alienado da realidade de seu corpo. E indivíduos alienados produzem uma sociedade alienada."
(...)
"Ao enfatizar demasiadamente o papel da imagem, ficamos cegos à realidade da vida do corpo e dos seus sentimentos. É o corpo que se funde em amor, que se arrepia de medo, que treme de raiv, que procura calor contato. À parte do corpo, estas palavras não passam de imagens poéticas. Experienciadas no corpo, elas ganham a realidade que dá sentido à existência. Baseada na realidade do sentimento corporal, a identidade possui substância e estrutura. Abstraída dessa realidade, a identidade torna-se somente um artefato social, um esqueleto sem carne."
Lowen Alexander, O corpo Traído - capítulo " O problema da identidade", pág. 18/19
Obrigado galera por topar a brincadeira, espero que aconteçam outros encontros desses...
Se sentirem a vontade deixem um comentário falando o que acharam..
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Um comentário:
A experiência foi muito boa. Se desenhar foi extremamente dificil pra mim, pois não é somente desenhar os traços que moldam nossos rostos, mais é delinear a maneira como os vemos. É realmente olhar para a sua própria " imagem" essa carregada por tantos status, conceitos, paradigmas, vestimentas. A bexiga foi uma ótima estratégia não só pois nela identificamos os nossos limites, mais como a sua função na brincadeira, o momento de estourar, burlar o limite e conseguir enxergar no outro além da imagem e entender a sua palavra. Resumindo: foi demais! rs
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