terça-feira, 30 de junho de 2009

terça-feira, 23 de junho de 2009

procurando entender a pergunta do Luis

fiquei pensando na sua última pergunta sobre o Nietzsche. Sobre o paradoxo da vontade de potência do homem e a necessidade de se reportar à história da arte para se fazer arte, não é ?

Você até citou sobre o "paternalismo" da história da arte. E isso naturamente seria contrário a potência do homem.

Não sou uma especialista em Nietzsche, mas, como ele mesmo diz, vamos falar com as nossas próprias palavras, sem teorias mortas.

A questão é que não se pode ter potência fora de uma Lei. Senão é a anomia total.
Há um sistema que nos sustenta. Não podemos operar fora dele, pois seria a loucura total. Há coisas que não podemos fazer (incesto, comer um fígado humano, etc.. até podemos, mas as consequencias disso seriam terríveis) pois a nossa subjetividade está baseada nisso, em certas regras. (e não vamos confundir isso com moral, é mais profundo).

Fazer arte é estar encostando próximo do núcleo desta lei (como diz a Clarice, do "núcleo invisível da realidade", ou Zizek, da "lacuna"), é transgredir a moral em torno disso, encostar na lacuna, mas não podemos chegar nela totalmente, ao menos que fossemos a Estamira, o Bispo, entende?

Então a lei é o que nos sustenta. Nos puxa e nos empurra. Brincamos com “fogo” o tempo todo.

A história da arte é uma lei. Um parâmetro. Algo a ser devorado e não ignorado. Senão ela mesma nos engole. É ela que nos "ferra".
Isso é ter uma linguagem. Se não tivermos uma linguagem, não podemos fazer metáfora, ficamos no nível do significante e significado apenas, na concretude das coisas. Seremos obcessivos. É como dizer para alguém: vai ver se eu estou na esquina... e ele vai...

Uma vez o Juliano Pessanha me perguntou: você já devorou a literatura?
Eu não entendi nada na época. Achei que ele tava falando que eu precisava ficar horas e horas lendo os autores, ser especialista, pedir permissão aos grandes autores, baixar a cabeça, etc, etc....

Só depois eu percebi que devorar a literatura seria entender a história da literatura e me apropriar dela, fazer brincadeira com ela, me autorizar a usá-la como eu bem entendesse, dar a minha opinião sobre os autores, escrever a minha maneira, compor a minha subjetividade, não ficar pedindo permissão para autor nenhum... Ou seja, buscar a história para me ler nela, para fazer “tráfico” de informações...

E isso é ter potência. Não o contrário. Ao invés de deixar a história da literatura "me roubar", eu iria "roubá-la", entende?
É isso que os grandes artistas fazem. Deleuze lê Nietszche para “se ler” nele. Nietszche leu os gregos para ler o que ele queria neles.

Fora da lei não temos potência, pois não temos "nome". Ao menos que fossemos loucos, aí a lei é outra. Mas mesmo assim há lei. O nosso próprio corpo já é um sistema, operamos por regras.

Acho que o Nietzsche fala disso.

E também acho que ele pensa uma arte fora do vômito
fora da queixa
uma arte que seja superação!

Trecho de Humano, demasiado humano:
241:”Gênio da cultura: se alguém imaginar um gênio da cultura, qual a sua natureza? Ele utiliza tão seguramente, como seus instrumentos, a mentira, o poder, o mais implacável egoísmo, que só poderia ser chamado de mau e demoniaco, mas os seus objetivos, que transparecem aqui e ali, são grandiosos e bons. Ele é um centauro, meio bicho, meio homem, e além disso tem asas de anjo na cabeça."

Angela

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Fragmentos secundários....

Cadáver delicado

"Ser eu mesmo em função de que?
Encontros e desencontros;
Em sua boca, mel sou
e porque as vezes é tão difícil falar?
Para que tanta chuva debaixo do umbigo
Lual, sarau em plena segunda uau!
Ela me chamou, e eu tive que sair sem fumar!
Noite ou dia, o céu continua no mesmo lugar.
A se fosse.
Escova, escolhe, escoa.
Ofereço um peito em rinha.
O jogo do bêbado conturbado
Conturbêbado
E como um demente, pensei em penetrar
então libertar José e Marcelo, ambos corpos ocos
O que você seria se não fosse o que tens dentro de ti, e desejar o seu vômito nas guelas abaixo de quem precisa ouvir, nem se fosse por um minuto esse momento?...
Com a noite de sal, sorriso de céu, travesseiro e cobertor de prata, vivendo o primeiro com medida de fim.
O roxo do amarelo são duas
Livre, recomeço-me
Não acredito em tudo que vejo
Aprecie com moderação, respire e pule!"


Marcador: PÁGINAS SOLTAS, é só selecionar quando colocar o texto!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

para Simone:

feliz aniversário atrasado!!!!
muito beijos!

Angela

terça-feira, 16 de junho de 2009

Quarta no CAFFEINE- Black Mekon (UK)

QUARTA FEIRA NA XÍCARA !!!



No mês de junho a Mamma Vendetta traz ao Brasil BLack Mekon, Swampmeat e os Solid Soul Disciples que estao lancando seu primeiro album em terra Brasilis. Solid Soul Disciples é um quinteto formado por Marco Butcher - guitarras, Fabulous GoGo Boy From Alabama, Guitarras, BLack Mekon, vocais e gaita, Brother Mekon, guitarras fuzz e backings e Stunt Pussy, bateria e backings. O disco foi gravado nos estudios Caffeine (Sao Paulo) e Coldrice (Birmigham, Inglaterra) no ano de 2009 e tem producao de Luis Tissot, Dave Evans e Marco Butcher! Para fans de musica trash & blues em alta voltagem!!!!!!!

QUARTA-FEIRA DIA 17.06.2009

SOLID SOUL DISCIPLES (UK/Brasil)
http://www.myspace.com/solidsouldisciples

BLACK MEKON (UK)
http://www.myspace.com/blackmekon

SWAMPMEAT (UK)
http://www.myspace.com/danfinnemore

19HS
R$5

Rua Pitangueiras 93 - Metrô Praça da Árvore
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Caffeine Sound Studio

Estúdio de gravação & ensaios.
Espaço para shows, lançamentos e exposições
Fone: 9721-6327
Rua Pitangueiras 93 - Metrô Praça da Árvore