sexta-feira, 30 de abril de 2010

26/04/2010

Segunda-Feira de Sol e metrô bem lerdo. Na parte da manhã começamos com a Mari e o Mau, Mari fez uma roda e distribuiu o texto “A Complicada arte de ver” de Rubem Alves, na qual lemos e discutimos, levantando questões como em relação aos educadores que em vez de ensinar com o papel de “eu ensino e você aprende” pudessem se dedicar ao um olhar mais artístico, a poder também aprender com o aluno, “...mas que dedicaria a apontar as assombras que crescem nos desvão da banalidade cotidiana...”. Isso fez também com que outras questões fossem levantadas, como o relacionamento e trabalho dentro do CCJ.

Depois, Mari explicou as mesas com os materiais para elaboração dos personagens dos quadrinhos que os grupos estão montando. Cada mesa haveria um método diferente para fazer os quadrinhos. Giz, canetinhas, nanquim (me apaixonei pelo nanquim!), colagens, carimbos, e etc. Feito isso, pequena pausa dramática para o lanchinho.

Retornando, os grupos começaram a fazer seus personagens para dar continuidade na parte da tarde.

Por volta das 13:15 paramos e fomos almoçar. Retornamos a tarde com o Pedro e Olavo.

Cada um dos grupos contou como estava o andamento do roteiro, se havia já um roteiro, e como seria feito o desenho.

O grupo do Chelmí já estava com o roteiro praticamente pronto, que seria a história de dois estudantes voltando da escola no ônibus, ambos da mesma série, porém um mais Nerd e outro, nada nerd. Cada um deles iriam ter pensamentos preconceituosos uns dos outros até que... Esperemos para ver o fim dessa história quando terminado!

O grupo da Dórati, também tinha um roteiro pronto, porém as ideias de como colocá-los em prática estavam difíceis de se conseguir. Seria um longa metragem (rs brincadeirinha) de dois tomates, que se apaixonariam, e viajariam para são Paulo, e se separariam, e depois se reencontrariam, e o tomate ia ser atropelado, e o outro acharia que ele estaria morto, até que...Esperemos para ver o fim dessa história quando terminado!

O grupo da Juliana faria pelo retro-projetor, seu roteiro também estava praticamente pronto levando em fato que elas tinham o começo o meio e o fim. A história seria baseada nelas mesmas, contando a história de uma jovem de 15 anos que anuncia para a colega que vai se casar. A amiga, indignada, resolve então levá-la para uma festa para aproveitar seus últimos momentos felizes de liberdade. E lá, a jovem iria se embebedar e usar drogas e ter umas viagens muito doidas até que... Esperemos para ver o fim dessa história quando terminado!

O grupo do Ângelo optou pelo carimbo, e nanquim sobre fotos. A história baseia-se em um usuário que iria sair do CCJ, passar pelo cemitério aqui perto e ver pessoas usando drogas e se prostituindo. Isso iria fazer com que ele tivesse reflexões e ao voltar para biblioteca e entregar o livro para o Ângelo e a Jack, as respostas das suas perguntas estariam no livro entregue e... Esperemos para ver o fim dessa história quando terminado!

Meu grupo resolveu misturar desenho feito com nanquim e colagem. Com o roteiro não muito claro, deixamos que nossas ideias viessem de acordo com a construção do quadrinho em si. Porém a idéia eral seria que dois amigos, um homem e uma mulher, o homem vindo do Ceará e a moça de São Paulo, estivessem conversando em um bar, até que fossem embora. E no caminho o homem teria uma “viagem” psicodélica por suas imaginações e... Esperemos para ver o fim dessa história quando terminado!

Após isso, Pedro e Olavo passaram uma cronologia sobre HQs explicando os principais, suas épocas e estilos. Na qual o Mau enviou por e-mail depois.

Por fim, já quase no final da tarde, continuamos a elaboração e montagem do quadrinho com os materiais escolhidos. Como não deu tempo de terminar, terminaremos na próxima segunda, dia 03 na parte da manhã com a Mari e o Mau.


-Carol-ol-ol :)

domingo, 25 de abril de 2010

Oficina de HQs

Segunda - feira, 19 de abril de 2010

No período da manhã, começamos com a presença dos educadores Mariana e Mauricio nos apresentando os oficineiros Pedro e Olavo, que conduziram a proposta do dia, de trabalhar com o universo de HQs. Eles começaram apresentando quadrinhos de diversos tipos, neste momento o foco era em nos proporcionar um primeiro contato, para que todos acompanhassem a introdução neste universo. A dupla também apresentou os quadrinhos que produzem, Pedro como o autor das histórias, e Olavo como o desenhista dos quadrinhos O Contínuo, juntamente com outros desenhistas.

Depois deste primeiro contato, entramos na parte teórica dos quadrinhos, dividida em referência, linguagem e identidade. Neste momento, foi falado que inicialmente o quadrinho se divide em autor e desenhista, sendo que o autor também pode desenhar seus trabalhos. A dupla também falou da produção em massa, das escolhas de produção, que abordam desde a escolha dos profissionais que irão trabalhar nos quadrinhos, até o processo de finalização do desenhista, onde ele escolhe as melhores linhas para dar a forma desejada á figura.

Na segunda parte da manhã, Pedro e Olavo proporão para que o grupo se dividisse, e fizesse uma HQ. Esse momento foi o mais divertido do dia, pois o grupo é bastante criativo e cômico! O resultado não podia ser diferente: uma história melhor que a outra, todas elas ficaram muito boas!

Na parte da tarde, tivemos a presença dos educadores Angela, Mauricio e da Mariana, que acompanhou um pouco esse segundo momento conosco. Os oficineiros deram continuidade á atividade, falando um pouco mais da história dos quadrinhos trabalhando em cima das histórias que criamos pela manhã.

Pedro e Olavo falaram um pouco da existência dos quadrinhos, dos quadrinhos que eram aceito no mercado, e do modelo tradicional dos quadrinhos, que era feito sempre com as calhas, geralmente de tamanhos padrões, e com o enquadramento próximos de uma calha para outra; os balões de texto, que sempre seguiam uma ordem da direita pra esquerda; e a grande ligação dos quadrinhos com o jornal, antigamente os quadrinhos eram publicados somente nos jornais começando assim a ganhar um espaço no mercado. Os quadrinhos deveriam se enquadrar nas exigências dos jornais para serem publicados, e os que não fossem publicados neles não eram considerados quadrinhos. Com o tempo esse modelo padrão foi desestruturado, as calhas passaram a ter tamanhos diferentes, e sua distância também teve uma grande importância para o contexto da historia que estava sendo dita, pois ela passou a “simbolizar” o tempo de uma calha para outra, como se tivesse passado um tempo real, que vária desde um segundo, há um ano ou mais. Os balões também tiveram alterações: passou-se a usar balões não só para os textos, mas também para todos os acontecimentos relacionados á história, como os balões recordatórios, que são usados para voltar no tempo; os balões radioativos, que simbolizam sons estridentes; entre outros. Até mesmo o não uso dos balões passou a ser adotado com mais freqüência.

Logo, a dupla nos ensinou a construir um roteiro de HQ, que abrange:

- Personagens: características físicas, psicológicas e sociais;
- Universo;
- Situações;
- Enredos;

E foi proposta uma atividade final, que era do grupo construir um roteiro de HQs em trios, para que no próximo encontro fosse dada continuidade a essa história produzindo o roteiro.

Esse encontro foi muito útil para mim, pois só tive contato com HQs quando era criança, e depois não me interessei mais, e nele pude conhecer muitas coisas interessantes sobre quadrinhos e entender mais sobre seus tipos diversificados, despertando o interesse de conhecer cada vez mais sobre eles, já que em uma parte do tempo no ccj eu fico na HQteca, que é um espaço que podemos encontrar quadrinhos incríveis, incluindo os que foram apresentados neste encontro!

***
Bom galera, acho que é isso, tentei passar tudo que eu me lembrei do encontro, e as coisas que eu achei interessantes. Até o próximo encontro, e que o mesmo seja tão bom quanto esse que participamos.

Um abraço a todos.

Doroti Martz

sábado, 17 de abril de 2010

FORMAÇÃO CULTURAL – ENCONTRO DO DIA. 12/04/2010

MANHÃ:
Começamos nosso encontro pontualmente às 10h. Como aviamos combinado.

A Mariana teve uma rápida conversa com a turma sobre o encontro passado onde foi abordado como tema os editais do Centro Cultural da juventude Ruth Cardoso. Até este momento tudo ocorria muito bem.

Por volta das 10h e 15min. O Artista Plástico e Ilustrador Fernando Vilela começou de fato o encontro conosco.

Começou dando enfoque na ligação da palavra com a imagem citando como exemplo os Quadrinhos, por sinal tema do nosso próximo encontro.

Fez uma rápida apresentação de Poema-Desenho e explicou que a história surge quando o homem compartilha suas experiências (oralmente) dando como exemplo o homem pré-racional (das cavernas).
Deu continuidade ao encontro nos explicando alguns tipos de escrita, escrita com a unha, pictogramas, hieróglifos que no Egito foram de suma importância para a comunicação, deu como exemplo o pássaro como sendo o símbolo narrativo da sabedoria, em uma exposição ao meu ver atraente falou dos primeiros livros (Papiros), que eram muito volumosos em enormes rolos.
Nos explicou que no século VIII os livros medievais eram feitos de couro de boi, falou do pergaminho que era feito com couro de ovelha e que muitas ovelhas eram mortas para fazer um livro, daí o fato dos livros serem tão caros.

O papel foi inventado na China no século VIII e passou pela África, entra na Europa pelo Sul da Espanha e chega na mão dos Árabes.
Deu muito destaque ao século XV com a criação da Prensa e da Gravura.
Foi citado também pelo Fernando a Iluminura, livros copiados e manualmente pintados, a Xilogravura, cujas gravuras eram feitas em madeira.

Mostrou também várias imagens escritas, composições zoomórficas e caligramas que lembrava muito as obras concretistas.

Citou também os primeiros livros com a ilustração que conhecemos atualmente, “A história de um quadrado” e “Cobra Norato”. Teve a preocupação de nos explicar que para estes tipos de livros é muito importante haver uma sintonia do Ilustrador, do Autor e do Editor, pois se não houver o trabalho fica comprometido.

Deu muitos exemplos da Literatura de Cordel que saia como folhetim nos séculos XV, XVII e XVIII, citou os títulos de J. Borges, como “A chegada da prostituta no céu” e “A chegada de lampião no inferno”.

Falou também do Ziraldo e de Hoda Hadad.

Finalmente falou dos seus trabalhos que são: “Ivan – Filho – de – Boi”, “A toalha vermelha” e “A busca do cavaleiro”.

Seu Site: WWW.fernadovilela.com.br


Na sequência a Angela nos apresentou o termo Biblioteca de Emergência criado por Tomas Hirschhorn, biblioteca esta que o autor do termo significa ou se não significa chaga próximo ao significado de que tenha que conter os livros para a vida toda, e ela não pode ser aleatória, várias questões são levantadas para a constituição desta biblioteca.

Em seguida desta apresentação, nos foi proposta a criação de uma biblioteca de emergência, onde os livros teriam que ser comum ao gosto dos participantes do grupo, algo que me preocupa um pouco, uma vez que um grupo muito fechado, seja em qual atividade for, pode algumas vezes desconsiderar o que vem de fora e passar a crer somente o que seu próprio grupo faz é de extrema importância, sei lá, é minha opinião.

TARDE:
Na parte da tarde tivemos a gestora Fernanda dando explicações sobre o Edital de Ocupação do Centro Cultural da Juventude, que o projeto tem que ser previsto para um mês.

Falou um pouco do histórico do projeto que tem enfoque no público jovem, citou o núcleo de RPG, também falou que no ano de 2008 o edital já foi lançado no diário oficial.

Esclareceu dúvidas em relação a elaboração dos projetos.

Logo em seguida tivemos a reunião com os gestores.

Acho que é isso pessoal, fui pego de calça curta, mas acho que consegui registrar algo.

17/04/2010 * CHELLMÍ

sábado, 10 de abril de 2010

Relato do último encontro (05/04/2010)

Manhã com Mariana e Maurício:

Vimos à exposição do João Musa tentando encontrar a poética do olhar a exposição foi dividida em fotos atuais coloridas e fotos de primeiros trabalhos em preto e branco, percorri a exposição ao lado do meu bom moço Bira, como é bom poder compartilhar com Bira a beleza de sentir cada foto e fato é que Musa consegue quase que uma perfeição em suas fotos, ver as fotos do Rio de Janeiro é como ver o Rio ali do lado sentir a luz do final de tarde reconhecer suas pichações, pois chegou um momento que nem eu nem o Bira sabíamos em que lugar estavam nossos olhos, pois Musa como cidadão do mundo traz a sensação de que Paris é logo ali perto da Alemanha que é perto do Rio, se não houvessem as pichações que caracterizam o Rio, as lixeiras de Paris e as lojas com suas fachadas em alemão a sensação que tive era de estar em São Paulo.

Engraçado ver como a arquitetura é parecida e de que como as expressões verdadeiramente são universais,a cada foto eu e Bira brincávamos com a experiência da profundidade me lembrei de Alice no livro Alice Através do Espelho do momento em que Alice olha para o espelho e vendo o reflexo acredita que pode passar para o outro lado do espelho e dado um momento ela passa, acredito que eu e Bira passamos, tivemos vontade de lamber uma grande parede de pedras que parecia um grande pé de moleque.

Que cores! Que Luz! Que profundidade! O cara é foda!(me desculpem os pudicos) mas foi isso mesmo, exclamações das cores de Musa, das sensações causadas por ele.

As fotos em PB são mais duras o preto é muito preto o branco muito branco e o cinza quantas variações e quando digo dura digo de sua seriedade mas trazem em si sua beleza Musa é o fotografo da capitação do momento fotos como a do senhor subindo as escadas do metro em seu breve momento olhando para baixo fez com que eu e meu bom companheiro nos perguntássemos se Musa pediu para o senhor posar ou se ele realmente o pegou em seu momento sem que pudesse ser percebido, a resposta foi categórica formulada por Mari: Musa é o homem dos instantes!

Depois das aulas com Inaê ver a exposição foi bem proveitoso já que noções básicas de fotografia foram dadas e Inaê usa o método infalível da repetição para que pudéssemos guardar a sombra marcada a sombra suave, de que lado vem à luz será que a foto da menina puxando as pálpebras era com o diafragma abeto ou fechado? E a luz vem de onde? Muito mais bonito ver uma exposição de fotografia depois de saber um pouco sobre ela e muito mais bonito ser a exposição de Musa.

Passado isso formamos uma roda de conversas a respeito da exposição não me prolongarei nesse sentido mais o que ficou de mais importante foi a forma como a fotografia esta sendo vista, sentida interpretada e que hoje mais do que nunca a fotografia vem se estabelecendo como recurso verdadeiramente de arte, e não só o da fotografia do retrato a do jornal não a fotografia como extensão da realidade, mas sim a como expressão poética a respeito de ânsias e valores de pessoas que fazem da fotografia uma linguagem artística, tão difícil fazer desvincular a fotografia do que chamamos de real por isso a importância de saber e sentir cada coisa em sua plenitude, pois meio nenhum é capaz de reproduzir o que é real a cada um

Assistimos o filme do fotografo Bresson, Bresson foi um filosofo pragmático da fotografia, a reprodução estava ruim, mas o conteúdo que maravilha, afortunado quem viu a exposição sobre Bresson no SESC Pinheiros, eu não vi...

Tarde com Angela:

Conversa sobre os textos que foram escolhidos na semana passada, foi feita uma roda onde um tinha que fazer uma pergunta para o outro a respeito do texto que havia lido claro que antes Angela joga em nossos colos a pergunta: o que é poético? Peguei-me no rabo de pensar nessa pergunta todos os dias e ainda continua: de manhã houve a poética do olhar agora vamos ter a poética da escrita, lá vamos nós mudarmos de espaço para aguçar mais nossa fala, relutante algumas não queriam formar uma roda a parede é mais confortável, mas lembra daquela aula sobre o corpo? Lembra que o corpo fala?
Não se esqueçam disso e guardem bem: roda é um circulo! Roda feita coluna ereta (ou não) e dale perguntas a Rô começou ela leu o texto da Madalena Freire '' o registro e reflexão do educador'' (mesmo texto que eu li), a pergunta foi feita para a Virgínia não me lembro o corpo da pergunta, mas sua essência eu acho que é essa: o que Virgínia poderia fazer para sair da reflexão e concretizar seu pensamento, a fala da Virgínia foi lacônica, intercederam por ela Angelo e Letícia resultado do que é a convivência,para concretizar Virgínia escreve,escreve na hora, pois senão explode, Virgínia prefere derramar sua letra em seu caderno e depois mostrar ao seu interlocutor.

Jéssica me pergunta como eu ouço, depois de rodar feito um peru doido e ser abatida por Angela que categoricamente diz a pergunta não é que como você é ouvida, mas sim como você ouve veio de ímpeto minha resposta sofrida: respeitando as vivências dos outros.

Angela formou Quatro grupos:
Desconstruir o texto (apagar para formar um novo) Eu, Gabriel, Letícia e Jaque.
Recortar o texto (utilizar os textos do blog para formar um novo texto) Rô, Chelmi, Marcela e Virginia.
Maquina escrever + Lap Top fazer um texto coletivo, com inspirações ou não nas imagens do Lap Top, Barbara,Carol.Geisa.Doroti.
Inventário de palavras (listar palavras essenciais dos textos) Bira, Jéssica, Angelo e Patricia.

Retomamos a sala onde assistimos um trecho do filme nostalgia de Tarkovsky, penso no trecho do filme como sendo o oficio do poeta, o homem reberverando suas angustias e os transeuntes estrategicamente parados em sua indiferença, eu que estava com uma coceira incontrolável, até parei de me coçar naquele momento, trecho terminado olhos semi abertos na procura de voltar a se acostumar com a luz, cada grupo em sua mesa e o inicio dos trabalhos se fez, cada função terminada cada grupo expôs como queria o que havia feito rodamos tentando entender...

Termino esse relato sem saber como acabou essa experiência só me lembro de Angela perguntando quem iria fazer o relado do dia e eu me candidatei...

Juliana Gleice Rodrigues
09/10/04/2010
21:00, 23:06

Quem é o produtor cultural?

Olá gente!
Volto ao blog depois de muito tempo para compartilhar mais uma questão com vocês.
Que diabos é produtor cultural? Ou monitor cultural, ou tantos outros nomes que podem dar para as funções que exercemos...
Mas a pergunta está além do CCJ e do nome que está em nossas carteiras de trabalho.
Numa rápida pesquisa na internet buscando pelo termo encontramos desde empresas até blogs cheios de dicas profissionais.
Achei até um livro virtual com o título "Aprenda a Organizar Um Show". Não sei se o livro é bom, nem cheguei a baixar, mas acho interessante pensar que nosso trabalho também está além do fazer, exige reflexão e formação.
Caso alguém queira baixar e me dizer se dá pra aprender na teoria, segue o link : http://www.overmundo.com.br/banco/aprenda-a-organizar-um-show-01-fazer-producao-que-bicho-e-esse

Beijo Grande.

Amanda Prado

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Na busca de existir.

Meu texto não existia,meu texto agora nasceu,começa a balbuciar a forma do meu pensamento meu texto balbucia as palavras dos outros que também são minhas meu texto bebe o leite do conhecimento que as perguntas trazem,tao bonito ver meu texto ouvindo seu primeiro som sua primeira raiva vivendo seu primeiro amor
A frequência do texto segue a frequência da própria construção da nossa realidade,não respondo com minha boca mas acredito de forma constante na imensidão que as palavras trazem minha oralidade repentina se fecha em meus dedos frenéticos,cada encontro ao acaso nos dá a chance de tentar mudar o mundo,educadores de nos mesmos ,soberanos na arte de transformar.
Falar para quem queira ouvir, falar aos berros para que ouçam,falar aos berros para que sintam,falar cada palavra na certeza de que nenhuma palavra é em vão,ter cuidado,penitencia na vontade de acreditar,escrever é pensar, organizar relacionar é sabido de forma obvia que não se trata da única forma de expressão mas saber escrever se aproxima da capacidade de se fazer entender,seja para o outro seja para si.
Poética do olhar poética da escrita poética da fala,som,poética do mudo,do cego poética da arrogância,minha necessidade é falar,minha necessidade é escrever,minha necessidade é a de que eu consiga afetar,desconstruir/construir,chorar ouvindo Villa Lobos,andar pela cidade escura na chuva e ainda acreditar que o ser humano valha a pena,ainda acreditar que eu valho a pena,tentar na minha fala na minha escrita que o meu próximo consiga conviver com tudo que é diferente em uma só,tudo que é contradição,ambiguidade ambulante ,pessoa concreta.
Meu fomento exasperado é a busca de que quem sabe um dia meu texto tome sua primeira forma visível sendo importante na transformação de alguem.

Juliana Gleice Rodrigues.
05/04/10
Segunda-feira 22:44.