Manhã com Mariana e Maurício:
Vimos à exposição do João Musa tentando encontrar a poética do olhar a exposição foi dividida em fotos atuais coloridas e fotos de primeiros trabalhos em preto e branco, percorri a exposição ao lado do meu bom moço Bira, como é bom poder compartilhar com Bira a beleza de sentir cada foto e fato é que Musa consegue quase que uma perfeição em suas fotos, ver as fotos do Rio de Janeiro é como ver o Rio ali do lado sentir a luz do final de tarde reconhecer suas pichações, pois chegou um momento que nem eu nem o Bira sabíamos em que lugar estavam nossos olhos, pois Musa como cidadão do mundo traz a sensação de que Paris é logo ali perto da Alemanha que é perto do Rio, se não houvessem as pichações que caracterizam o Rio, as lixeiras de Paris e as lojas com suas fachadas em alemão a sensação que tive era de estar em São Paulo.
Engraçado ver como a arquitetura é parecida e de que como as expressões verdadeiramente são universais,a cada foto eu e Bira brincávamos com a experiência da profundidade me lembrei de Alice no livro Alice Através do Espelho do momento em que Alice olha para o espelho e vendo o reflexo acredita que pode passar para o outro lado do espelho e dado um momento ela passa, acredito que eu e Bira passamos, tivemos vontade de lamber uma grande parede de pedras que parecia um grande pé de moleque.
Que cores! Que Luz! Que profundidade! O cara é foda!(me desculpem os pudicos) mas foi isso mesmo, exclamações das cores de Musa, das sensações causadas por ele.
As fotos em PB são mais duras o preto é muito preto o branco muito branco e o cinza quantas variações e quando digo dura digo de sua seriedade mas trazem em si sua beleza Musa é o fotografo da capitação do momento fotos como a do senhor subindo as escadas do metro em seu breve momento olhando para baixo fez com que eu e meu bom companheiro nos perguntássemos se Musa pediu para o senhor posar ou se ele realmente o pegou em seu momento sem que pudesse ser percebido, a resposta foi categórica formulada por Mari: Musa é o homem dos instantes!
Depois das aulas com Inaê ver a exposição foi bem proveitoso já que noções básicas de fotografia foram dadas e Inaê usa o método infalível da repetição para que pudéssemos guardar a sombra marcada a sombra suave, de que lado vem à luz será que a foto da menina puxando as pálpebras era com o diafragma abeto ou fechado? E a luz vem de onde? Muito mais bonito ver uma exposição de fotografia depois de saber um pouco sobre ela e muito mais bonito ser a exposição de Musa.
Passado isso formamos uma roda de conversas a respeito da exposição não me prolongarei nesse sentido mais o que ficou de mais importante foi a forma como a fotografia esta sendo vista, sentida interpretada e que hoje mais do que nunca a fotografia vem se estabelecendo como recurso verdadeiramente de arte, e não só o da fotografia do retrato a do jornal não a fotografia como extensão da realidade, mas sim a como expressão poética a respeito de ânsias e valores de pessoas que fazem da fotografia uma linguagem artística, tão difícil fazer desvincular a fotografia do que chamamos de real por isso a importância de saber e sentir cada coisa em sua plenitude, pois meio nenhum é capaz de reproduzir o que é real a cada um
Assistimos o filme do fotografo Bresson, Bresson foi um filosofo pragmático da fotografia, a reprodução estava ruim, mas o conteúdo que maravilha, afortunado quem viu a exposição sobre Bresson no SESC Pinheiros, eu não vi...
Tarde com Angela:
Conversa sobre os textos que foram escolhidos na semana passada, foi feita uma roda onde um tinha que fazer uma pergunta para o outro a respeito do texto que havia lido claro que antes Angela joga em nossos colos a pergunta: o que é poético? Peguei-me no rabo de pensar nessa pergunta todos os dias e ainda continua: de manhã houve a poética do olhar agora vamos ter a poética da escrita, lá vamos nós mudarmos de espaço para aguçar mais nossa fala, relutante algumas não queriam formar uma roda a parede é mais confortável, mas lembra daquela aula sobre o corpo? Lembra que o corpo fala?
Não se esqueçam disso e guardem bem: roda é um circulo! Roda feita coluna ereta (ou não) e dale perguntas a Rô começou ela leu o texto da Madalena Freire '' o registro e reflexão do educador'' (mesmo texto que eu li), a pergunta foi feita para a Virgínia não me lembro o corpo da pergunta, mas sua essência eu acho que é essa: o que Virgínia poderia fazer para sair da reflexão e concretizar seu pensamento, a fala da Virgínia foi lacônica, intercederam por ela Angelo e Letícia resultado do que é a convivência,para concretizar Virgínia escreve,escreve na hora, pois senão explode, Virgínia prefere derramar sua letra em seu caderno e depois mostrar ao seu interlocutor.
Jéssica me pergunta como eu ouço, depois de rodar feito um peru doido e ser abatida por Angela que categoricamente diz a pergunta não é que como você é ouvida, mas sim como você ouve veio de ímpeto minha resposta sofrida: respeitando as vivências dos outros.
Angela formou Quatro grupos:
Desconstruir o texto (apagar para formar um novo) Eu, Gabriel, Letícia e Jaque.
Recortar o texto (utilizar os textos do blog para formar um novo texto) Rô, Chelmi, Marcela e Virginia.
Maquina escrever + Lap Top fazer um texto coletivo, com inspirações ou não nas imagens do Lap Top, Barbara,Carol.Geisa.Doroti.
Inventário de palavras (listar palavras essenciais dos textos) Bira, Jéssica, Angelo e Patricia.
Retomamos a sala onde assistimos um trecho do filme nostalgia de Tarkovsky, penso no trecho do filme como sendo o oficio do poeta, o homem reberverando suas angustias e os transeuntes estrategicamente parados em sua indiferença, eu que estava com uma coceira incontrolável, até parei de me coçar naquele momento, trecho terminado olhos semi abertos na procura de voltar a se acostumar com a luz, cada grupo em sua mesa e o inicio dos trabalhos se fez, cada função terminada cada grupo expôs como queria o que havia feito rodamos tentando entender...
Termino esse relato sem saber como acabou essa experiência só me lembro de Angela perguntando quem iria fazer o relado do dia e eu me candidatei...
Juliana Gleice Rodrigues
09/10/04/2010
21:00, 23:06
sábado, 10 de abril de 2010
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