domingo, 15 de março de 2009

Segunda-feira, calor, sono, trânsito, plano B, e a visita de Jaime Prades na parte da manhã.
Muito me agradou sua visita, sua aproximação ao cumprimentar um por um, e, seu compromisso em “devolver para o espaço sempre”.
No decorrer de sua apresentação surgiram perguntas, que eu própria as fiz também. Não me recordo de ter obtido resposta quando o indaguei sobre quem intitulou seu trabalho de graffiti, pois, em sua época acredito eu ainda não ter esse tipo de denominação, posso estar errada, mas enfim...
Demonstrou em seu discurso que a revolução vem de dentro,que podemos mudar o campo em que vivemos, que o amor é importante,sobretudo,que o dinheiro aliás, o consumo é a forma do sistema impor que você é feliz.
Vários pontos a se questionar:
- O que te leva a ser passivo,e porque será que leva? (Jaime apontou a tv como causa principal,dá até pra fazer uma ligação com as tiras que recebemos na 2° feira anterior).
- Por que essa “geração mangá” a cada dia se torna cada vez mais “bonitinha” e menos contestadora,será que ela está perdendo seu caráter de protesto de fato,ou será que vender seu trampo é mais importante? (Já que vivemos em um país assumidamente capitalista).
- Se importar com o espaço público vale de quê, a partir do momento que as instituições não se preocupam com você? Partindo dessa visão de quem é rico governa pra rico e quem é pobre fica onde?
- O poder impera majoritariamente em cima de quem está do lado mais fraco da corda, o que podemos fazer? Pintar pra vender,ou vender pra pintar?
Existem muitos pontos a se discutir mesmo porque não consigo manter minha imparcialidade e falar de uma coisa só,então faremos da seguinte forma,calo a minha boca antes que a calem,ou talvez seja melhor falar para me vampirizarem e depois jogar no lixo como papel usado sem direito a reciclagem?
Faço a minha no lugar onde sei que é meu,pois essa de que todos os espaços são de todas as pessoas é pura balela... Pelo menos pra mim,periférica,negra e possuidora somente do ensino superior incompleto,que pega trânsito,que almoça onde é mais barato e num tem paitrocínio pra bancar o sonho de ser artista,ou pelo menos chegar lá.

Parte da tarde tivemos a visita do professor de história Jair para auxiliar na confecção do nosso trabalho de conclusão de curso á moda Paulo Freire,no meu grupo as coisas estão começando a florir,tenho que agradecer as forças do além!

Por enquanto é só.

Mônica Ramos

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