quinta-feira, 5 de março de 2009

Registro 09/02/09 - Judson

Quis fazer o registro desse encontro por dois motivos:
Primeiro porque já havia trabalhado com o texto do Benjamin, e gosto.
Segundo porque quando cheguei no encontro e soube que o Pitter ficaria conosco naquela manhã, fiquei com mais vontade, pois já o conhecia.
Uma das coisas que mais me intrigou foi a relação que ele fez com as obras, de arte ou não. Segundo ele a coisa é criada para o mundo e quem a fez já não é mais dona de tal objeto, obra ou idéia.
Só que, a relação que fazemos quando vampirizamos ou somos vampirizados, é justamente o contrário do que o Pitter falou.
As pessoas agarram a uma idéia com tanta voracidade que quando alguém agrega, seja para modificá-la ou ampliá-la não é visto como uma prolongação da obra, mas sim como um ato invejoso de algum plagiário maldito. Há uma resistência em se desvincular de uma idéia sua e a torná-la do mundo.
Não falei sobre os poderes. Pois acredito que todos sabemos da existência deles e usamos sempre que podemos, precisamos e principalmente para tirarmos algumas vantagens.

Pós-Pitter
Assim que o mocinho foi embora ficamos em uma discussão sobre comportamentos:
Em verdade em verdade vos digo:
Toda essa discussão é balela!

A Carol falou das presenças de hierarquias;
Agora me respondam: como é possível acabar com a hierarquia se sempre que fazemos algo, raramente é pelo fato de aquilo precisar ser feito, mas sim porque se não fizermos alguém irá reclamar ou descontar de nosso salário?
Como acabar com a hierarquia se precisamos trabalhar direito e melhor porque a Luciana está voltando, e não pelo simples fato de fazermos nosso trampo direito?

O Roger falou sobre igualdade;
Como haver igualdade em um lugar onde as pessoas a todo o momento subestima o próximo, usam e abusam do seu poder e tratam os outros de formas variadas?
E quando alguém que não detem o poder pede algo a outro, esse não o faz. “Quem é você para ‘mandar’ em mim, até parece que ganha mais que eu”.
Há algum tempo falamos de uma provável subestimação por parte do Instituto Tomie Ohtake (acho que não há mais). Mas como falarmos de subestimação sem antes prestarmos atenção ao tratamento que damos aos Zaqueus e Felipes da vida?

Como nos livrarmos dos clichês se “ogerizamos” tudo o que está fora dele?

O diferente o estranho nos causa repulsa.

Parece-me que sempre vamos escolher Leviatãs e Jesuses Cristos.


“Para ser grande, sê inteiro
Sê todo em cada coisa.
Põe quanto és no mínimo que fazes”.

JUDSON

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